Todos contra o Bullying! Saiba como identificar e agir quando o seu filho é vítima de Bullying

O que é Bullying?

Bullying é uma expressão bastante utilizada na atualidade, embora seu significado seja bem mais antigo e frequente. Sem um termo equivalente em Português, é  um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

Vale  ressaltar que há uma diferença notável entre piadas, brincadeiras e o ato intencional de ofender ou magoar. É importante checar estes fatores antes de tomar qualquer conclusão. Mas conflitos em geral tendem a se agravar e gerar um ambiente instável, logo, toda alteração em uma rotina tranquila deve ser verificada.

 

Tipos de bullying

O mais fácil de identificar é o físico: seu filho começa a chegar com machucados, sem explicações muito lógicas ou seguras. Porém, existem outras formas tão graves quanto as agressões físicas:

Psicológico: a criança é perseguida e amedrontada constantemente, seja por gostos pessoais, aparência física, orientação sexual, condições financeiras ou crença, por exemplo.

Moral: a criança é vítima de difamação, calúnia e boatos. Hoje, ainda temos o agravante das redes sociais. O bullying nesses casos pode gerar consequências terríveis para o agredido.

Verbal: o agressor, constantemente, xinga a vítima ou a chama de apelidos humilhantes. Nesses casos, é comum que características físicas, como peso, cor da pele, cabelo ou alguma deficiência física sejam o grande alvo.

Social: a criança é isolada, ignorada e excluída propositalmente do convívio com os demais colegas.

Material: a vítima pode ter seus pertences furtados, escondidos ou danificados em função da perseguição.

 

Como identificar?

Existem alguns casos em que as vítimas acabam não relatando os acontecimentos. Veja alguns sintomas que podem denunciar o assédio:

  • Baixa autoestima e autoimagem negativa
  • Queda no rendimento escolar
  • Problemas de saúde sem causa aparente
  • Sono leve e pesadelos
  • Fobia de ir à escola ou realizar atividades relacionadas.

 

O que fazer?

  • Encoraje seu filho (a) a descrever os fatos da forma mais detalhada possível. Não se esqueça de perguntar sobre as pessoas que presenciaram as agressões e que podem ajudar. Parabenize também pela iniciativa de compartilhar todo o ocorrido.
  • Controle suas emoções diante dos relatos. É importante demonstrar calma e não incentivar qualquer reação violenta ou represália para “dar o troco”.
  • Comunique-se com a escola e os responsáveis docentes para que o assunto seja tratado seriamente. Exija um acompanhamento diário e medidas preventivas para que outros casos não ocorram ou voltem a se repetir.
  • Manter diálogos abertos com bastante liberdade para tratar todo e qualquer assunto, e extinguir qualquer dúvida de que seus filhos podem contar com você são os primeiros passos para lidar com essas novas diretrizes da educação. O respeito e outros valores importantes também devem ser estimulados.

Toda criança, jovem ou adulto tem direito a uma vida acadêmica saudável, e a construção e o desenvolvimento disso começa em casa.

Por Anna Carolina Cassoli
psicóloga clínica
atendimento infantil , adolescente e adulto
contato: 63 99227-6869

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