A alimentação exerce um papel fundamental sobre a saúde da criança. O estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida, aliado à introdução da alimentação complementar adequada até o 2º ano de idade, são determinantes na formação de hábitos alimentares mais saudáveis.
Hábitos adquiridos no decorrer da infância e da adolescência são fáceis de serem mantidos na vida adulta e durante o envelhecimento. A comida de que gostamos, os temperos que preferimos, o cheirinho que sentimos e que nos enche a boca de água, tudo se refere aos hábitos que adquirimos quando ainda éramos crianças. Não é verdade? Então fica fácil para vocês entenderem que as práticas alimentares familiares formam os hábitos que adotamos e que seguimos por toda nossa vida.
Atualmente, com a modernidade e a facilidade de acesso a produtos industrializados cheios de sal, açúcar e gorduras, a saúde das pessoas vem se modificando e as doenças como obesidade, diabetes e hipertensão têm aumentado muito, atingindo nossas crianças mais precocemente.
Alimentar bem uma criança para quem está de fora, pode parecer tarefa fácil. Mas quem é pai ou mãe, sabe o desafio que é.
É normal que a criança rejeite as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo é novo: a colher, as formas dos alimentos e os sabores.
Se o seu filho não conhece um alimento, faça com que ele prove um pedacinho. Caso ele não queira comer e cuspa o alimento, não insista e sirva outro alimento no lugar. Espere uns dias e prepare o alimento que a criança não gostou de outra maneira, faça outra receita, tente pelo menos de 8 a 10 vezes (em dias diferentes e preparados de outras formas) até que a criança aceite o alimento.
O ambiente onde a criança e a família fazem as refeições deve ser tranquilo, sem discussões e sem gritos. Não ligue a televisão. O hábito de comer assistindo TV ou fazendo outra atividade impede que as pessoas prestem atenção na quantidade de alimentos que estão comendo.
Não faça seu filho criar uma relação confusa com a alimentação. Premiá-lo com doces poderá fazê-lo pensar que os doces são alimentos mais valiosos e desejáveis do que os vegetais e legumes. Castigá-lo poderá criar ansiedade e sofrimento toda vez que for o horário de comer. Esses tipos de atitudes podem prejudicar a formação de hábitos alimentares saudáveis.
Quando a criança se recusar a comer o almoço ou o jantar, procure não substituir essas refeições por leite, biscoitos, iogurtes, chocolates etc. Diga que está tudo bem se ela está sem fome naquele momento, mas informe que você irá guardar o prato dela na geladeira (em recipientes tampados) e assim que a fome voltar, você irá esquentar e oferecer novamente.
Mostre que existem alimentos melhores, como iogurtes, frutas, cereais sem açúcar com leite e sanduíche de queijo com pão integral. Explique porque esses alimentos são bons para ele. Aos poucos e desde cedo ele aprenderá também a fazer escolhas mais saudáveis.
O ideal é ele aprender que pode comer de tudo, desde que tenha moderação e equilíbrio. Tudo é questão de medida: comer hambúrguer ou batata frita de vez em quando não é ruim; o perigo é comer diariamente e adotar essa prática como um hábito alimentar.
Ir à feira com as crianças pode ser um jeito divertido de fazê-las conhecer as frutas, verduras e legumes; ao passar pelas barracas a curiosidade delas poderá ser um bom motivo para que provem os alimentos que ainda não conhecem.
Leve seu filho à cozinha e peça ajuda para fazer uma salada ou outro prato saudável. Com certeza, ao final ela irá querer provar o que ajudou a preparar.
Essa é uma maneira gostosa de ensinar seu filho a preferir alimentos mais saudáveis.
Evitar o uso de açúcares e de sal até o primeiro ano de vida e utilizar com moderação a partir desta idade.
Evitar o consumo de gorduras saturadas (gordura aparente da carne, pele do frango, manteiga, frituras, banha de porco, nata, creme de leite, bacon ou toucinho, mortadela, lingüiça e salame entre outros) e de gorduras trans (gordura hidrogenada, biscoitos recheados, salgadinhos tipo chip´s e margarinas entre outros produtos). Leia o rótulo dos alimentos.
Incentivar que toda família modifique os hábitos alimentares inadequados; torne as escolhas saudáveis as escolhas mais fáceis. Assim todos terão mais saúde e melhor qualidade de vida.
Preferir alimentos assados, grelhados, refogados ou cozidos no lugar de alimentos fritos ou à milanesa.
Não encher o prato da criança de comida, visto que é mais importante a qualidade do que a quantidade
Seja criativo, faça tortas, panquecas, quiches, acrescentando as verduras e os legumes. No início terá melhor aceitação.
Sucos combinados são excelentes opções: Laranja + Cenoura ou Limão + Couve.
Sendo assim, é muito importante que toda a família se esforce para modificar os hábitos alimentares e o estilo de vida de forma a criar um ambiente mais saudável, e lembre-se quanto mais variada a ofertas de Verduras, Legumes e frutas, maior será a oferta de vitaminas e minerais, consequentemente terão uma saúde de Ferro.